Iniciação científica discute impactos da abertura de barras em lagoas costeiras da região

Iniciação científica discute impactos da abertura de barras em lagoas costeiras da região

As ações de isolamento social para a prevenção do Coronavírus suspenderam as aulas presenciais de faculdades e escolas em todo o Brasil. Todavia, a Faculdade Católica Salesiana, através do Católica Online, está mantendo virtualmente suas atividades pedagógicas e de pesquisa, pela plataforma Microsoft Teams.

As aulas e as orientações de projetos de iniciação científica não param para os alunos da Católica Salesiana. Estudantes e professores estão mantendo suas produções com o objetivo de ampliar o conhecimento científico. Com o isolamento social, foram antecipadas as revisões bibliográficas dos estudos em andamento, e suspensas, apenas, as pesquisas de campo (até que seja possível sua realização com segurança).

A “Avaliação da viabilidade do bombeamento de água de lagoas costeiras para o mar em substituição às aberturas de barras” é um dos projetos em andamento, produzido pela estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária, Carina Pacheco Marchioti e orientado pelo coordenador do Curso, Marcos Cezar dos Santos.

O foco da pesquisa é a busca por alternativas às aberturas de barras das lagoas nos municípios da região. A ideia é avaliar a viabilidade econômica e ambiental para substituir a abertura de barra em algumas lagoas costeiras pelo bombeamento ou escoamento, via gravidade da água em excesso, através de tubulações, ligando as lagoas ao mar. O estudo, trata ainda de questões como a verificação da estimativa do volume que pode ser extravasado com segurança pelas tubulações, levantamento de custos de operação e a contribuição desta nova ação à preservação ambiental das lagoas costeiras.

“Em período com grandes volumes de chuvas, ocorre a ocupação do leito maior sazonal das lagoas costeiras, causando transtornos aos moradores do entorno destes importantes corpos hídricos. A solução tradicional adotada é a abertura da faixa de areia que separa as lagoas do mar. Contudo, essa atividade, causa diversos impactos ambientais como, por exemplo, a morte de organismos de água doce, exposição do fundo da lagoa à radiação solar alterando a composição da sua biota, riscos de incêndio da vegetação no entorno da lagoa e redução do espelho d’água”, explica Marcos Cezar.

“O trabalho segue intenso, acreditando que até o final de 2020 esteja concluído e repleto de dados suficientes para divulgação científica e também com vistas de publicação na imprensa local”, finaliza a estudante Carina.

 

Texto: Moira Paula

Fotografia: Divulgação

Assessoria de Comunicação Salesiana