Roda de Conversa é sucesso na III Jornada da Luta Antimanicomial da FSMA

Roda de Conversa é sucesso na III Jornada da Luta Antimanicomial da FSMA

Os desafios da Luta Antimanicomial foi o tema principal da Roda de Conversa ocorrida na III Jornada da Luta Antimanicomial da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora – FSMA – nesta última segunda-feira, dia 15. Em uma sala/auditório lotada, estudantes de psicologia e especialistas na área debateram questões relacionadas ao tema: “30 anos do Movimento Antimanicomial: Redefinindo a Luta!”.

A III Jornada abriu a Semana da Luta Antimanicomial em Macaé, com uma programação que seguirá até o dia 18 de maio, instituído como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

“Foi um grande prazer poder promover mais uma Jornada e é uma felicidade muito grande poder comemora o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, visto que esta data é um marco no desenvolvimento da saúde mental no nosso país. Acredito que conseguimos promover nos nossos alunos a reflexão sobre qual é o papel político do psicólogo nesta luta que muito importante”, disse o coordenador do Curso de Psicologia da FSMA, Marcello Santos.III Jornada Antimanicomial 15-05-2017 Foto Moira Paula (31)

Com foco na discussão em torno das políticas públicas antimanicomiais ao longo dos 30 anos de Movimento, o palestrante Alexandre Vasilenskas Gil, ressaltou entre outras questões que “o Brasil é o país que mais se desenvolveu no que diz respeito a Luta Antimanicomial e que a discussão no âmbito acadêmico já desponta como um avanço importante”.

Já a professora Ana Paola Frare provocou um debate em torno da desinstitucionalização como estratégia clínica, política e ética. Uma vez que esta ideia possui ligação com a desospitalização, fazendo com que o profissional de saúde menta repense suas práticas.

Por fim, a professora Mariana Tinoco iniciou perguntando ao público o que eles entendiam como “louco”. Diante das diversas respostas, a professora contextualizou que o “louco” vê a realidade de forma pouco compreendida pelos demais indivíduos. “Para o imaginário social o louco deve estar distante da sociedade, e isso é reforçado nas grandes mídias. A Lei de 2001 vem para superar o modelo de internação e proteger o direito das pessoas que precisam da assistência em saúde mental”, salientou.

A mediação do professor Diego Ferreira Flores ainda abriu espaço para as reflexões de estudantes e profissionais presentes, em torno do grande desafio da Luta Antimanicomial.

É importante ressaltar que a programação da Semana da Luta Antimanicomial ainda terá nesta semana exibição de filme, no Solar dos Mellos, na quinta-feira, dia 19. Outras atividades já aconteceram na terça e quarta-feira.

Texto e Foto: Moira Paula
Assessoria de Comunicação